As universidades e os institutos de pesquisa do Brasil foram protagonistas na defesa da vida, na produção de conhecimento científico e no combate à desinformação, durante a pandemia de covid-19. Essas instituições trabalharam em diversas frentes, desde a atuação nos hospitais universitários até em pesquisas que impulsionaram o desenvolvimento de vacinas, tratamentos e estratégias de prevenção, mesmo em um cenário adverso marcado por ataques ideológicos e cortes de financiamento promovidos pelo governo de extrema direita de Bolsonaro e por seus apoiadores. Apesar disso, essas instituições foram fundamentais na criação e na disseminação de conhecimento científico para o público em geral, desmentindo as informações falsas e enfrentando o negacionismo que promovia tratamentos ineficazes e questionava vacinas e medidas preventivas.
Por sua vez, cientistas e pesquisadores brasileiros desempenharam papel essencial, identificando variantes do vírus, desenvolvendo testes diagnósticos, realizando sequenciamento genômico do vírus e orientando ações de saúde pública com base em estudos sobre transmissibilidade, letalidade e sintomas da covid-19. Em meio ao caos, as universidades e os institutos também se destacaram em ações de apoio à população mais vulnerável, garantindo direitos, atuando no combate à fome e promovendo saúde e dignidade. Por meio da divulgação científica em novos formatos digitais, debates na mídia e materiais educativos, essas instituições levaram informação de qualidade à sociedade, promovendo uma “onda pró-ciência” que renovou a valorização de seus papéis.
Os registros contidos no acervo tornam evidente que as universidades e os institutos de pesquisa foram alvos recorrentes de discursos difamatórios e ataques negacionistas da extrema direita que ocupou o governo federal no período da pandemia de covid-19 no Brasil. No entanto, a pandemia revelou a força das universidades e dos institutos de pesquisa como pilares na defesa da vida, no combate ao negacionismo e na superação de crises globais, além de ter destacado a importância de um financiamento público robusto para que essas instituições possam continuar desenvolvendo soluções eficazes para desafios futuros, assegurando seu compromisso com a ciência, a verdade e a sociedade.