Durante a pandemia de covid-19, o isolamento social e a proibição de aglomerações foram medidas essenciais para conter a disseminação do SARS-CoV-2. Com as evidências científicas indicando que mesmo indivíduos assintomáticos poderiam transmitir o vírus, a recomendação de limitar os contatos sociais e permanecer em casa emergiu como uma estratégia eficaz para interromper a cadeia de transmissão. Estudos mostraram que ações como o fechamento de escolas, locais de trabalho e restrições de mobilidade eram decisivas para reduzir a incidência e a mortalidade da covid-19, especialmente quando implementadas precocemente e combinadas com outras medidas preventivas. Por outro lado, eventos de aglomeração, especialmente em ambientes fechados e mal ventilados, tornaram-se focos de transmissão, alterando a dinâmica da pandemia e impulsionando o aumento de casos e mortes.
Entretanto, no Brasil, a adesão às medidas de isolamento enfrentou desafios significativos, especialmente devido à postura contrária do governo federal sob o comando de Jair Bolsonaro, que estimulou aglomerações e propagou desinformação sobre a eficácia do isolamento social, o que contribuiu para o crescimento descontrolado da transmissão, levando ao colapso do sistema de saúde e a um trágico número de vidas perdidas.
Este acervo reúne evidências documentais que registram ações e discursos que minaram esses esforços, promovendo um cenário de maior vulnerabilidade para a população brasileira durante a crise sanitária.