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Caso de Manaus

Em janeiro de 2021, o colapso do sistema de saúde em Manaus, durante a segunda onda da pandemia de covid-19, escancarou a gravidade da crise sanitária no Brasil. A cidade enfrentou um cenário devastador — hospitais superlotados, escassez de insumos e falta de suprimento de oxigênio — que resultou em cenas de desespero e mortes que chocaram o mundo. Pessoas perderam a vida no caos, enquanto familiares recorriam a doações ou compravam cilindros de oxigênio por conta própria.

A tragédia não foi um evento isolado, mas uma consequência da negligência e da falta de coordenação entre os governos federal, estadual e municipal. Manaus foi usada como laboratório para a promoção do chamado “tratamento precoce”, com medicamentos ineficazes, incentivados pelo aplicativo TrateCov, lançado pelo Ministério da Saúde e removido depois de críticas. Esse contexto de desinformação, negação da ciência e ausência de ações eficazes agravou ainda mais a crise.

A tragédia de Manaus revelou como a falta de preparo e a articulação governamental contribuíram para a perda de milhares de vidas que poderiam ter sido salvas. Também evidenciou a importância de políticas públicas baseadas em ciência, do fortalecimento do sistema único de saúde e do combate ao negacionismo para evitar que emergências sanitárias devastem novamente populações vulneráveis. 

Esse episódio se tornou um símbolo da atuação desastrosa do governo Bolsonaro durante a pandemia, deixando cicatrizes profundas e lições urgentes para o futuro. O acervo reúne diversas evidências sobre o caso Manaus, expondo as falhas e as negligências que levaram a essa tragédia.