Descrição
Em seu depoimento à CPI da Pandemia, o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, questiona a Organização Mundial da Saúde (OMS) por suas “idas e vindas” nas recomendações durante a pandemia de covid-19.
Até essa data, registravam-se 439.050 óbitos pela covid-19.
Dados do site https://covid.saude.gov.br
Informações Gerais
Descrição
Em seu depoimento à CPI da Pandemia, o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, questiona a Organização Mundial da Saúde (OMS) por suas “idas e vindas” nas recomendações durante a pandemia de covid-19.
Tipo da evidência
Formato
Atores envolvidos
Agentes institucionais envolvidos
Número de óbitos registrados na época em que este fato aconteceu
439050
Dados da fonte de informação
Data da publicação
18 de maio de 2021
Título original
CPI da Pandemia ouve Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores – 18/5/2021
Fonte de coleta (Dados da fonte de informação)
Agência Senado
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O que diz a ciência
Conteúdo sobre o que diz a Ciência
Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores, questiona sobre as mudanças de recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) durante a pandemia de covid-19.
É fundamental ressaltar que, como órgão de saúde que se baseia na ciência, a OMS entende que a ciência está sempre em renovação. A OMS se mostrou alinhada à ciência durante toda a pandemia, quando permaneceu atenta às novas evidências que foram surgindo no decorrer daquele período. Desde o início, a comunidade científica se propôs a intensificar os estudos para compreender melhor o vírus, a doença e as formas de transmissão, principalmente por se tratar de um novo vírus, sobre o qual não havia muito conhecimento.
Em 31 de dezembro de 2019, a OMS foi alertada sobre vários casos de pneumonia na cidade de Wuhan, na China. As infecções estavam relacionadas a uma nova cepa (tipo) de coronavírus que não havia sido identificada antes em seres humanos. A partir dali, os esforços de cientistas em identificar corretamente o vírus e entender melhor a doença foram importantes para obtermos conhecimento suficiente para aperfeiçoar as recomendações de prevenção e tratamento.
Acompanhando a evolução do conhecimento científico sobre a covid-19, a OMS foi atualizando as suas recomendações, utilizando os estudos mais recentes à época, e agregando esses resultados a conhecimentos prévios, para que os novos conhecimentos garantissem melhorias nas recomendações. Portanto, a OMS adaptou suas recomendações conforme as evidências científicas foram se acumulando e permitindo uma melhor compreensão sobre o vírus e a doença. E isso só foi possível graças aos esforços e investimentos destinados à ciência, com inúmeras pesquisas sendo conduzidas no mundo todo.
O conhecimento básico do que é ciência permite compreendermos que os resultados de pesquisas anteriores podem ser confrontados por outras pesquisas que utilizem melhores metodologias, garantindo maior eficiência no processo de investigação. Assim, conforme os cientistas foram conhecendo mais sobre o vírus e sobre a doença, pudemos melhorar o delineamento dos estudos para garantir resultados mais confiáveis sobre o processo de transmissão, a epidemiologia, o tratamento e a evolução da doença.
Portanto, Ernesto Araújo propagou desinformação, ao questionar a validade das recomendações da OMS sobre a pandemia, que seguiam as evidências científicas conforme eram produzidas. Além de mostrar falta de conhecimento básico sobre como a ciência trabalha para construir o conhecimento científico.
Fontes
OPAS, Organização Pan-Americana da Saúde. Histórico da pandemia de covid-19. | OPAS, Organização Pan-Americana da Saúde. OMS afirma que covid-19 é agora caracterizada como pandemia. 11 mar 2020. | WHO, World Health Organization. Coronavirus disease (covid-19). | WHO, World Health Organization. Global research on coronavirus disease (covid-19). | WHO, World Health Organization. Timeline: WHO's covid-19 response.