Desde o início da pandemia de covid-19, a busca por tratamentos eficazes para pacientes hospitalizados fez parte das prioridades globais a fim de controlar as consequências da doença. A gravidade da doença, especialmente em casos moderados a severos, ampliou os esforços da comunidade científica para compreensão e mitigação dos impactos da infecção pelo SARS-CoV-2. Apesar de avanços significativos, o manejo dos pacientes internados foi marcado por desafios científicos e éticos.
No Brasil, enquanto a ciência avançava no entendimento da doença, com o uso de terapias baseadas em evidências, surgiram práticas controversas que desrespeitaram protocolos éticos e científicos. Medicamentos como hidroxicloroquina e ivermectina foram amplamente utilizados, mesmo sem eficácia comprovada, muitas vezes colocando em risco a saúde dos pacientes. Casos graves de negligência e condutas antiéticas, como o uso experimental de tratamentos sem consentimento, destacaram disputas de interesses econômicos e políticos que comprometeram a defesa da vida.
Embora avanços tenham sido feitos com o uso de antivirais, anticorpos monoclonais e outras abordagens específicas, até hoje não existe um tratamento único capaz de frear completamente a progressão da doença. Esse cenário reforça a importância da vacinação como principal estratégia para prevenir complicações graves e hospitalizações.
Este acervo contempla registros de situações no tratamento hospitalar que envolveram complexas questões éticas e políticas durante a pandemia, evidenciando o impacto da desinformação e dos interesses alheios à saúde pública.